– Como não sabemos quem pensa? …. É óbvio que é o cérebro!
– Então, por analogia, podemos dizer que quem sente é o coração?
– O nosso Espírito não continua pensando e sentindo quando estamos dormindo?
- Estamos sugerindo alguns nomes para os corpos espirituais – apenas como terminologia didática – para apresentar a existência de tais corpos e suas funções específicas, bem como, a existência de uma profunda interligação entre eles. Com melhores definições, serão alterados os nomes e ampliados os informes, porém suas existências, interpenetrações e funções são evidentes e fundamentais.
- Entender que os corpos mais sutis são mais amplos e absorvem e contêm os demais sucessivamente. Portanto, o Corpo Divino envolve diretamente a Centelha Divina – a Mônada Celeste – e se estende por sobre os demais. O Corpo Espiritual envolve e protege o Corpo Divino… e assim por diante.
- Cada Corpo Espiritual é formado com os materiais do Plano ou Dimensão em que ele funciona, ou seja, o Corpo Físico atua no Plano Físico ou Plano Material, o Corpo Astral atua no Plano ou Dimensão Astral, o Corpo Mental no Plano ou Dimensão Mental e assim por diante.
- Estamos aqui titulando os corpos com nomes mais familiares para nossa compreensão, porem compare os quadros abaixo, e os nomes definidos pela Teosofia, Rosa-Cruz e por Ramatis em Mensagens do Astral.
É a primeira túnica ou vestimenta que envolve a Centelha Divina. Aqui vamos denominar de Corpo Divino. É composto por tenuíssima tessitura, muito sutil e muito possante, para poder envolver e isolar o Espírito em sua magnificência e altíssima potencialidade bem como permitir expressar o Verbo Divino.
Nota: O Corpo Divino que envolve a Centelha Divina é o mais amplo. Interpenetra a Centelha e se estende e engloba todos os demais.
A segunda túnica, que reveste e se liga à primeira, vamos chamar de Corpo Espiritual, também constituída por uma tessitura tenuíssima e que tem a condição de captar o verbo divido e expressar a Vontade do Espírito.
A terceira túnica, que estamos denominando por Corpo IntucionalIntucional, que se liga à segunda, detém a sabedoria instintiva ou amor verdadeiro, decorrente das experiências acumuladas no Corpo Causal, abaixo descrito, e expressa a Intuição Divina.
A quarta túnica, que chamamos aqui de Corpo Causal, com a função de refletir e registrar as experiências acumuladas durante as inúmeras existências da Centelha Divina (o carma, ou seja, as ações e reações inerentes de nossas experiências e vivências), automatizando sistemas repetitivos, confrontando e informando ao corpo mental as situações comparadas, emitindo uma comunicação sutil, que chamamos de “voz da razão” ou “sussurro da consciência”. Uma parte deste corpo é, na psicologia, muito estudado como subconsciente e podemos dizer que aqui ele expressa a Consciência – Corpo Consciencial.
A quinta túnica, chamada de Corpo Mental, tem a função de pensar, raciocinar, criar, idealizar as coisas. É como um adiantadíssimo computador que pode processar as informações, manuseá-las, transformá-las e emiti-las nos dois sentidos: do corpo físico para o Espírito e Deste para o corpo físico. É o corpo dos Pensamentos
A sexta túnica, chamada de Corpo Astral ou Corpo Emocional, tem a função de sentir, perceber, emocionar e acionar as ações do corpo físico. É como um acumulador de energias que as potencializa para serem aplicadas na parte física. É também conhecido como corpo dos Desejos e Emoções.
A sétima túnica, a última, é o nosso Corpo Físico, que tem a função de executar as ações, agir, realizar materialmente o que foi concebido mentalmente. É o corpo das Ações.
Nota: Perispírito é o elo que liga o corpo físico ao Espírito propriamente dito. Denominação adotada por Allan Kardec na codificação do Espiritismo, que representa o corpo espiritual, onde aqui estamos discretizando em vários corpos independentes e justapostos.
Conforme Rosacruz
Conforme a Teosofia
Conforme Ramatis
PERGUNTA: — Qual a ideia que poderíamos conceber, desses sete mundos?
RAMATÍS: — A mesma Pedagogia Sideral ensina que Deus, Brama ou o Universo, abrange sete mundos ou sete estados energéticos que se diferenciam conceitualmente sob a regência do ritmo septenário. Através dessa divisão, cabível na mente humana, torna-se mais fácil aquilatar o processo de “involução” ou “descida angélica” e o da “evolução” ou “ascensão espiritual”. Procurando situar-nos dentro dos gráficos mais conhecidos e que consideramos de maior clareza para esse entendimento, principalmente os que são manuseados entre os esoteristas, Rosacruzes, Teosofistas e Hermetistas, expomos, resumidamente, a disposição dos sete mundos que servem de degraus diferenciais no abaixamento vibratório do espírito virgem, e que a tradição bíblica também simboliza no trajeto ascensional através da escada de Jacob:
1.°) Mundo de Deus, a Matriz-Base, o Pensamento Original e Total;
2.°) Mundo dos Espíritos Virginais, composto de sete regiões, de onde se originam os espíritos diferenciados em Deus, para iniciarem a sua trajetória através da substância material; origem iniciática dos veículos do homem;
3.°) Mundo do Espírito Divino, em cujas regiões se originam as mais elevadas influências espirituais no homem;
4.°) Mundo do Espírito de Vida, é a origem do segundo aspecto tríplice do espírito do homem;
5.°) Mundo do Pensamento, dividido na região do “pensamento abstrato” que contém as idéias germinais da forma, vida e emoção dos reinos mineral, vegetal, animal e humano; na região do “pensamento concreto”, zona mental, origem das forças arquetípicas e a mente humana, na figura de um foco que reflete o espírito na matéria, além dos arquétipos do desejo, emoção, vitalidade universal e da forma. (Aliás, esse mundo, em sua divisão perfeita do espírito humano e a mente, separa perfeitamente a personalidade provisória do mundo de formas e o ego concretizado no mundo interior do espírito.)
6.°) Mundo dos Desejos, responsável pelo “corpo dos desejos”, na seguinte disposição: — três regiões que compreendem o poder, a luz e a vida anímica, compondo a atração; a quarta região, que é o sentimento, as três últimas abrangendo os desejos, impressionabilidade e paixões;
7.°) Mundo Físico, de suma importância para o atual conhecimento do homem comum, assim dividido: — região interior, etérica, forma do corpo vital, e região exterior, química, que compõe o corpo denso ou propriamente físico.
LIGAÇÕES
Todos os corpos se interpenetram, sendo que em extensão os mais sutis ultrapassam os mais densos. Estes corpos, veículos do Espírito, estão ligados entre si continuamente. O corpo astral, sede das emoções, está ligado diretamente ao corpo físico através de um laço fluídico, eletromagnético, chamado de cordão de prata. Quando dormimos, o corpo astral (junto com os demais corpos) se afasta do corpo físico, porém permanecendo a ele ligado por um cordão fluídico, cordão de prata, que nada mais é do que a extensão do duplo-etérico, que se estica (como um chiclete) até onde o espírito se deslocar. O corpo astral se liga ao mental, pelo cordão de ouro, o mental ao causal, por outros meios… e assim sucessivamente.
Aprofundando-se mais na figura indiana da carruagem (mencionada no livro de Ramatis – Mensagens do Astral) onde ela representa bem o ser humano reencarnado em seus três corpos principais de atuação do Espírito aqui na Terra:
- A carroça – representando o corpo físico que leva o passageiro – o Espírito encarnado, rumo ao seu destino.
- O cavalo – representando o corpo emocional, a energia motora que puxa a carroça, o corpo físico, através da cangalha, representando o duplo-etérico.
- O cocheiro -representando o corpo mental, que dirige o cavalo, as emoções, através dos arreios, que é a ligação entre o corpo mental e astral.
– Como podemos criar vários conflitos internos?
– Quando cada um dos corpos quiser ir para uma direção diferente, .
Conforme vamos podando nossos sentimentos e coagindo as nossas expressões espontâneas, passamos a dissimular nossas reais intenções e mascarar nossos sentimentos reais mostrando assim nossa imagem deturpada, tanto para os outros quanto a nós próprios.
- Uma pessoa que está com muitas restrições internas, que não pode se manifestar com espontaneidade, aqueles que “não podem fazer isso, não podem tomar aquilo...”, procedem como um cavalo “esgoelado” (emoções tolhidas) em que o cocheiro (a mente) puxou tanto as rédeas que nem consegue olhar de lado. São os típicos comportamentos neuróticos.
- Ao contrário, quando o cocheiro (a mente) abandona as rédeas e deixa o cavalo (as emoções) totalmente livre, sem freio algum, sem o controle do corpo causal (consciência), sendo tudo válido e permitido e não se importando se está ferindo alguém, dizemos que é um psicótico, pois a ligação com o corpo causal, principalmente com o subconsciente, está interrompida no corpo mental. Este corpo não está disciplinado e cumprindo com suas funções.
– O que é morte?
A morte nada mais é do que a separação do corpo físico dos demais corpos, os quais continuam ligados ao Espírito durante sua viagem.
A morte é o rompimento do cordão de prata, que liga o corpo astral ao físico, através do duplo-etérico. Na figura da carruagem, é o rompimento da canga que liga o cavalo à carroça, e o passageiro junto com o cocheiro passam para a garupa do cavalo, simbolicamente falando.
O Espírito continua a viagem no plano superior imediato ao plano físico, no plano astral, com todos os demais corpos exceto o físico que ficou para trás, até que soe o tempo de retornar ao laboratório físico para continuar as experiências.
Nota: O plano físico é como o laboratório ou oficina de ensaios que existe nas escolas, onde o aluno tem que demonstrar, provar o que aprendeu no plano espiritual.
REFLITA COMIGO
Observando as atividades e situações da vida, sob a ótica dos corpos espirituais, você consegue identificar de onde está partindo o estímulo gerador?
- É do seu corpo físico (se for um reflexo condicionado, por exemplo, de defesa, de autopreservação, de satisfação de uma necessidade física, ou uma sensação de frio, de calor, de choque etc.);
- Será do seu corpo emocional (se for um desejo, um impulso, uma paixão, um emoção de ódio, de revide, um sentimento de compaixão, de amor etc.);
- Será do seu corpo mental (se for um pensamento, um raciocínio, uma lógica, uma ardilosidade, uma cilada, um planejamento etc.);
- Será do seu corpo causal (se for uma reflexão, um juízo, uma lembrança profunda, uma decisão firme e convicta, um sussurro da consciência etc.),
- Será do seu corpo intucional (se for uma intuição, uma idéia criativa espontânea, um profundo amor que desperta uma conexão com seu Eu interior etc.),
- Será do seu corpo espiritual (se for uma vontade firme e segura que o impele a conquistar aquilo que estiver visualizando com profundidade que é diferente de um desejo que é passageiro);
- Será do corpo divino (se for uma determinação completamente confiante, magnética, corajosa, destemida, como se fosse o senhor absoluto da situação, com conhecimento de causa, aquela determinação “que move montanhas” chamada de fé inabalável etc…).
Analisando os seus Corpos Espirituais, você poderá dizer se tem ou não domínio sobre eles.
– Quem domina quem? Ou seja: quem domina você e determina seus atos?
Por exemplo: se os seus desejos dominam suas ações e pensamentos, então quem comanda você é seu corpo astral (o cavalo da imagem da carruagem). Isso está bom para você? É isso que você quer?
– Qual dos seus corpos você sente que está mais desenvolvido: o físico, o emocional ou o mental? Por quê?
– Qual dos seus corpos é o mais forte?
REFORMA ÍNTIMA
Durante esta semana medite e reflita sobre este assunto e as escreva em seu Caderno de Reflexões. Por exemplo:
– Como eu vejo a morte agora: ela se tornou mais natural ou ainda continuo temendo-a?
APLICAÇÃO PRÁTICA
Procure observar, durante as suas conversas do cotidiano, “que corpo tem proeminência em suas manifestações“. Esta observação não se refere somente a você mas também nas pessoas que você também tem contato. Observe em cada pessoa “qual o corpo delas que mais se manifestando” em suas expressões e comunicações.
Nota: Este treinamento lhe será muito útil, mais na frente, quando estudarmos as influências dos espíritos em nossas vidas, a fim de podermos identificar o que vem de nós e o que vem de fora.
A força dos Corpos Espirituais:
Das coisas macias e fracas deste mundo, nada se iguala à água.
Para vencer o firme e forte nada pode igualá-la.
O que é macio conquista o duro.
A rigidez e a dureza são companheiras da morte.
A maciez e a ternura são companheiras da vida.