INTERPENETRABILIDADE DOS PLANOS

A matéria física apresenta vários estados de agregação e dispersão de seus átomos (como no sólido, líquido, gasoso etc.), os quais constituem a parte densa da matéria. Além destes, existem outros estados, também pertencentes à matéria física, que constituem a sua parte sutil e que são o plasma e o etérico (além do atômico e subatômico).

“A imagem mental mais possível da transição de um plano a outro é a do aumento ou diminuição do numero de vibrações”.

A VIDA DEPOIS DA MORTE – YOGI RAMACHARAKA – ED PENSAMENTO

O estado radiante da matéria, o etérico, é o laço que interliga a parte física com a parte astral. É sua ponte de ligação e é chamada de duplo-etérico. Na ilustração anterior, da carruagem, é representada como a canga que interliga a carroça ao cavalo.

O que a ciência, a química, entende por éter, não é uma substancia distinta, mas, simplesmente, outro estado da matéria comum. Assim qualquer elemento pode passar do estado sólido, liquido, gasoso e depois também para o etéreo ou etérico. A matéria é constituída por partículas bem pequenas chamadas de átomos. O átomo é constituído por um núcleo e uma série de elétrons, que giram em torno dele rapidamente.

“… tais átomos só são últimos sob o ponto de vista do nosso plano físico… esta matéria sutil não é simples, mas sim complexa e também existe numa série de estados peculiares, análogos ao sólido, liquido, gasoso e etéreo da matéria física. Levando mais adiante o nosso processo de subdivisão, chegamos ao átomo ultimo do plano da natureza que os ocultistas chamam mundo astral. Pode-se repetir o processo, pois subdividindo-se o átomo astral, chegaremos a outro mundo, superior e mais sutil, embora sempre material … que a Teosofia denomina mundo mental.”

O HOMEM VISÍVEL E INVISÍVEL – C.W.LEADBEATER – ED PENSAMENTO

O Modelo atômico de Ernest Rutherford (1871 – 1937), também conhecido como modelo planetário do átomo, é uma teoria sobre a estrutura do átomo segundo a qual, o átomo teria um núcleo positivo, que seria muito pequeno em relação ao todo mas teria grande massa e, ao redor deste, os elétrons, que descreveriam órbitas helicoidais em altas velocidades, para não serem atraídos e caírem sobre o núcleo (o diâmetro da eletrosfera de um átomo é de 10,000 a 100,000 vezes maior que o diâmetro de seu núcleo). Este modelo é semelhante a um sistema solar: existe um sol central (núcleo) e vários planetas (satélites) girando em torno dele, predominando enormes “espaços vazios”.

O modelo atômico foi desenvolvido a partir de um sonho. Isso tem acontecido com vários cientistas, artistas, arqueólogos, pesquisadores em geral, onde conseguem, de alguma forma, perscrutarem os “registros espirituais” e trazerem para nosso mundo das formas os modelos pré-existentes, matriz original. Os espiritualistas atribuem essa capacidade com o nome de mediunidade.

Nota 1 – Foi o caso da tabela periódica dos elementos químicos que surgiu de um sonho que o cientista russo Dmitri Mendeleev teve. Havia muito tempo que ele trabalhava na tentativa de classificar os elementos químicos. Certa vez, após passar noites em claro estudando os elementos já descobertos e buscando uma forma de organizá-los, Mendeleev acabou pegando no sono sobre os livros e anotações. O cochilo rendeu a grande ideia que ele precisava.

– “Vi num sonho uma tabela em que todos os elementos se encaixavam como requerido”.“Ao despertar, escrevi-a imediatamente em uma folha de papel”, contou o cientista algum tempo depois.

A partir do modelo visto no sonho, Mendeleev foi montando uma tabela com os elementos químicos e percebendo que havia relação entre o peso atômico dos elementos, as propriedades que eles apresentavam e a posição que ocupavam na tabela. Apenas um elemento precisou ser encaixado em lugar diferente do que o cientista tinha visto em seu sonho.

Nota 2 – Foi em 11 de março de 1890, químicos de várias partes do mundo reuniram-se em Berlim para comemorar o aniversário de 25 anos da publicação do químico alemão August Kekulé, sobre a estrutura cíclica do benzeno. Na ocasião, Kekulé comentou sobre as circunstâncias da elaboração de sua teoria e descreveu um episódio que, posteriormente, tornou-se um dos mais polêmicos relatos da história da química: o sonho que o influenciou na proposição da estrutura cíclica do benzeno:

“Estava sentado escrevendo meu manual, mas o trabalho não progredia; meus pensamentos estavam dispersos. Virei minha cadeira para a lareira e adormeci. Novamente os átomos saltavam à minha frente. Desta vez os grupos menores permaneciam modestamente no fundo. Meu olho mental, aguçado pelas repetidas visões do gênero, discernia estruturas mais amplas de conformação múltipla; longas fileiras às vezes mais estreitamente encaixadas, todas rodando e torcendo-se em movimentos de cobra. Mas veja só! O que é aquilo? Uma das cobras havia agarrado a própria cauda e a forma rodopiava de modo a debochar ante meus olhos. Como se à luz de um relâmpago, despertei; e desta vez, também passei o resto da noite tentando estender as consequências da hipótese”.

“Senhores, aprendamos a sonhar, disse ele, e talvez então  encontraremos a verdade […] mas também vamos ter cuidado para não publicar nossos sonhos até que eles tenham sido examinados pela mente desperta.”

O sonho de Kekulé, no entanto, é algo a mais que apenas um intrigante e controverso relato na história química: é um interessante caso para compreendermos alguns aspectos sobre a produção do conhecimento científico.

Esta digressão visa apenas mostrar que para captarmos a verdade precisamos estar “abertos” ao entendimento da Vida Maior que nos envolve. Nunca podemos desconsiderá-la. Voltando aos átomos, dizemos que a Lei Divina é idêntica em todos os níveis, é só olharmos para cima ou para baixo e perceberemos isso.

… “assim na Terra como no Céu”…

JESUS – ORAÇÃO DOMINICAL

Nota: O átomo é semelhante a um sistema solar: existe um sol central (núcleo) e vários planetas (elétrons) girando em torno dele. A Lei Divina é idêntica em todos os níveis; é só olharmos para cima ou para baixo que tudo é idêntico:

Se olharmos para cima, notamos que predomina um espaço vazio imenso entre as estrelas: o céu. Se estudarmos o átomo, notaremos que também predominam enormes espaços vazios: os espaços intra-eletrônicos. Portanto, a matéria que nos sustenta é composta muito mais por espaços vazios, que não vemos, do que por parte sólida, que nos ilude numa aparência.
Se juntássemos todos os espaços vazios existentes entre os átomos do corpo físico de uma pessoa, ela ficaria reduzida ao tamanho infinitesimal.

Nota: Uma peça qualquer é constituída por 99,99% de espaços vazios.

A teoria geral da relatividade descreve a força da gravidade e a macroestrutura do universo. A mecânica quântica, por outro lado, lida com fenômenos em escalas extremamente pequenas. Infelizmente sabe-se que estas duas teorias são incompatíveis entre si; não podem ser ambas corretas. Um dos maiores desafios da física atualmente é a procura de uma nova teoria que as incorpore, uma teoria quântica da gravidade.
UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO / STEPHEN W. HAWKING / ED. ROCCO

As ciências começaram a estudar a manifestação da vida no plano tridimensional, considerando o sistema particulado. Depois passou para o sistema tetraédrico de Newton, considerando o tempo como a quarta dimensão. A seguir, foram-se aumentando as dimensões consideradas para tentar explicar, e compatibilizar, os cálculos matemáticos com as teorias, chegando a um sistema com 10 dimensões (teoria das cordas ou supercordas) que também não conseguiu explicar como funciona o Universo. Atualmente a ciência está trabalhando com a teoria-M – onde há uma 11a dimensão e a existência de membranas (universo paralelo). E, recentemente, a teoria F propôs a possibilidade de existirem 12 dimensões…

A ciência ainda não encontrou a lei geral que mantém estável tanto o sistema sideral quanto o molecular. A hipótese científica formulada a partir da teoria geral da relatividade de Einstein, denominada por buraco negro, decorre, falando de uma maneira bem simples, da implosão de um sistema planetário onde a força centrífuga, que mantinha os planetas em órbita equilibrada em torno de um astro central, tenha entrado em colapso e os planetas tenham sido atraídos ao próprio astro, resultando que sua matéria seja compactada em um espaço reduzidíssimo (se comparado com as dimensões das órbitas dos planetas).

Se, como numa reação em cadeia, toda a matéria constituinte dos planetas, e do próprio astro, entrasse em colapso, então todas as forças moleculares que sustentavam seus átomos em equilíbrio também entrarão em colapso e suas partículas, seus elétrons, serão compactadas sobre seus respectivos núcleos, reduzindo-se todos os espaços disponíveis a zero. Aí se transforma todo o sistema num buraco negro, sugando tudo ao seu redor, pois a energia que estava em expansão, na formação do sistema planetário, definhou e entrou em recolhimento. Embora a quantidade de matéria contida num buraco negro é grande, o seu volume é reduzido a ínfimas dimensões. Voltando ao espaço existente entre os astros e planetas, bem como entre os núcleos e os elétrons dos átomos, a questão é a seguinte:

– O que existe nesses espaços vazios que nada vemos ?
– Será que Deus esqueceu de preenchê-los com alguma coisa útil ?
– Será que Deus criou espaço inútil em Sua obra ?

– Não

Tudo é ocupado, tudo é altamente valorizado e preenchido. Apenas por não enxergarmos, com nossos olhos ou com nossos instrumentos físicos atuais, podemos afirmar que nada existe?

Note bem, não enxergamos o próprio ar que respiramos como o peixe não enxerga a água em que vive! Antigamente os cientistas não conseguiam captar as ondas eletromagnéticas por não disporem de aparelhagem adequada. Com isso podemos concluir que elas não existiam e somente passaram a existir quando dispuseram de aparelhagem adequada para as identificar?

– Não, é óbvio que não.

A ciência caminha ampliando seus horizontes e identificando a existência de uma série de itens que, mesmo não conseguindo provar no momento atual, desenvolvem aparelhagem adequada para poder analisar, mais tarde, profundamente em laboratório. A paranormalidade, encontrada em muitas pessoas com percepções extrassensoriais, os sensitivos, demonstram a existência de uma variedade imensa de campos vibratórios, captados por elas, porém, ainda não identificados pela instrumentação científica atual. Isto prova que não existem outros níveis de vibrações?

Nota: A TCI –Transcomunicação Instrumental – vem estudando a comunicação com pessoas que já morreram fisicamente através de aparelhagem eletromagnética, ao invés de utilizar a comunicação mediúnica, porém utilizando gravadores, filmadoras, fotos, telefone e mesmo através do fax e da internet.

Quando olhamos para o céu e vemos as estrelas, não enxergamos os outros planos de vida, as cidades astrais, as comunidades espirituais, a vida intensíssima relatada pelos médiuns e clarividentes. Estamos situados em meio de um intenso e imenso transitar de seres que nem desconfiamos. Nossos sentidos físicos são muito limitados para captá-los, devido à nossa evolução atual.

– Nós falamos dos átomos físicos, mas onde ficam os átomos da matéria mental (dos pensamentos), os átomos da matéria emocional (dos desejos) e as demais partículas dos outros planos ?

As partículas dos planos mais internos, mais sutis, interpenetram a matéria física e preenchem os espaços vazios existente nela. A menor partícula da matéria astral, ou e­mo­cional, interpenetra os átomos da matéria física e preenche seus es­paços vazios. A menor partícula da matéria mental interpenetra os átomos da matéria astral e preenche seus espaços vazios, e assim por diante.

A bem da verdade, podemos dizer que do átomo do Plano Causal formou-se o átomo do Plano Mental, deste o átomo do plano Emocional e finalmente deste, o átomo do Plano Físico.

Nota: O que a ciência denomina por átomo (a–tomo: menor fração de um elemento) é a unidade fundamental da matéria, estrutura eletricamente neutra, constituída por um núcleo que contém prótons/nêutrons e uma eletrosfera que contém elétrons.

Esta definição atualmente está ultrapassada, pois já se descobriram partículas menores, por exemplo, o méson, que é uma partícula atômica instável, que constitui a força de ligação dos elementos nucleares.

Antigamente pensávamos que tudo era matéria. Depois passamos a perceber que existia uma Alma ou Espírito residente em nós. A seguir, vimos que o Espírito é eterno e que apenas o corpo perece. Agora sabemos que somos um pedaço de Deus e que dispomos de vários corpos justapostos para nos servir sendo que cada corpo atua num plano de vibração diferente e tudo ao mesmo tempo.

Então, podemos observar que cada pessoa está vivendo mais consciente em um plano de atuação do que em outro, ou seja, existem pessoas que são mais voltadas para a ação, vivem mais cultuando o do corpo físico onde podemos representar como os atletas; outros estão com a consciência mais ativa na parte emocional da vida, que podemos representar como os artistas; outros estão mais sintonizados na parte mental da vida, onde se situam os intelectuais, os cientistas, outros ainda situam-se mais na parte causal da vida, que aqui representamos como os sábios etc.

Isto nos torna diferentes, uns dos outros, apenas momentaneamente, pois cada um está desenvolvendo, em determinada fase da vida, mais um corpo que outro objetivando, no final, a nos equilibrar e uniformizar, permanecendo cada qual com suas características predominantes.

Note bem, as mulheres estão em geral muito mais atuantes e, portanto, mais desenvolvidas no campo emocional, ou astral, do que os homens, que estão, por sua vez, muito mais atuantes no campo mental, ou seja, dos pensamentos e dos raciocínios.

REFLITA COMIGO

Convém notar que sendo o Espírito, a Centelha Divina, andrógino, isto é, não tendo sexo, este pode nascer como homem ou como mulher, dependendo da tarefa ou da habilidade a ser desenvolvida.

– Como você vê essa possibilidade ?

– Você consegue se ver renascendo em um sexo diferente do atual ?

***

O nosso lar, a Terra, é, portanto, muito mais amplo do que fisicamente o vemos. Existem nele, como em todos os astros e planetas, outros planos de atuação, outras dimensões justapostas, como planisférios.
Os vários planos, tanto físico quanto espirituais, em que participa a Centelha Divina, estão justapostos, atuando ela no nível de compatibilidade com sua evolução, ou seja, conforme seja ela mais ou menos desmaterializada. Quanto mais densa, mais se localiza nos subplanos, rente ou interna à crosta terrestre; e quanto mais sutil, mais afastada se encontra da superfície material.

A superioridade de Júpiter não está somente no estado moral dos seus habitantes; está,
também, na sua constituição física. Eis a descrição que nos foi dada, desse mundo
privilegiado, onde encontramos a maioria dos homens de bem que honraram nossa Terra
pelas suas virtudes e seus talentos. A conformação dos corpos é quase a mesma desse mundo, mas é menos material, menos denso e de uma maior leveza específica. Ao passo que rastejamos penosamente na Terra, o habitante de Júpiter se transporta, de um lugar para outro, roçando a superfície do solo, quase sem fadiga, como o pássaro no ar ou o peixe na água. Sendo a matéria, da qual o corpo está formado, mais depurada, ela se dissipa, depois da morte, sem ser submetida à decomposição pútrida. Ali não existe a maioria das enfermidades que nos afligem, sobretudo aquelas que têm sua fonte nos excessos de todos os gêneros e na desordem causada pelas paixões. A alimentação está em relação com essa organização etérea; não seria bastante substanciosa para os nossos estômagos grosseiros, e a nossa seria muito pesada para eles; ela se compõe de frutas e plantas, e, aliás, haurem, de algum modo, a maior parte do meio ambiente do qual aspiram as emanações nutritivas. A duração da vida é, proporcionalmente, muito maior que sobre a Terra; a média equivale a cinco dos nossos séculos. O desenvolvimento também é muito mais rápido, e a infância dura apenas alguns de nossos meses.

ALLAN KARDEC – REVISTA ESPÍRITA – 1858

O corpo físico é a âncora que mantém próximos espíritos com evoluções diferenciadas, ou seja, se todos os habitantes da Terra desencarnassem ao mesmo tempo, poucos se reencontrariam no espaço, pois cada um iria se estabilizar num plano equivalente à sua “leveza específica”, ou seja, ao seu “peso específico”. Isto é, se considerarmos, como exemplo, a relação entre peso e volume de cada espírito, tomando as dimensões de sua aura para efeito de volume e suas aquisições ou débitos para efeito de seu peso, temos:

δ = Peso / Volume

Portanto, apenas analisando esta relação podemos entender que cada um “subirá mais“, se tiver seu peso específico menor, pois quanto menor peso tiver seus corpos espirituais (menor egoísmo, maior desapego, menor orgulho e prepotência, etc.) e quanto maior for o tamanho, ou volume, de sua aura (grande expansão de alegria, de esperança, de fé, de amor etc.).

Ao contrário, maior peso específico terá e, portanto, “mais para baixo” irá, mais para o centro da Terra, para as zonas inferiores, infernos, será atraído.
A nossa encarnação na Terra é uma oportunidade de acertarmos as contas com todos aqueles a quem temos débitos ou créditos, estando no nível evolutivo que estiverem. Fora da Terra isso será bem difícil e até impossível, pois cada espírito está no seu plano ou nível evolutivo. Os mais elevados podem se “adensarem” e visitar os níveis mais baixos, porem ao contrário, não.
A mesma disposição de densidade relativa, ou peso específico, encontramos em nossos corpos. Os corpos mais sutis têm uma amplitude maior do que os corpos mais densos, ou seja, o corpo físico sendo o mais denso e grosseiro e último de todos é o mais compacto e de menor volume, se assim podemos dimensioná-lo, e sucessivamente os corpos astral, mental etc. se interpenetram e se apresentam com maiores dimensões.

Quando não pertencente a um planeta e enquanto aguarda o nascimento, o espírito permanece dentro de uma esfera protetora. O tamanho dessa esfera é, mais ou menos, o de uma laranja grande e a esfera interior, a da Centelha Divina, é mais ou menos do tamanho de uma bolinha de pingue-pongue e flutua no espaço até que seja atraído pelo planeta onde irá reencarnar, desde que apresente condições evolutivas satisfa­tórias.
ALGUNS ASPECTOS DA VIDA EM JÚPITER, EDGARD ARMOND, 1980

O corpo físico tem seus instrumentos desenvolvidos para a ação. Antes de se desenvolver, ou seja, ainda no plano espiritual e pouco antes do momento da concepção, os corpos astral, mental etc. se contraem e se justapõem à centelha divina – a delicada e potente esfera radiante – protegendo-a e isolando-a. Nesta situação, o conjunto fica como descrito acima, do formato e tamanho de uma bolinha de pingue-pongue circundada pelos corpos espirituais que ficam do tamanho de uma laranja, a se acomodar no útero materno, modelando o corpo físico que irá se desenvolver.

***

Nestes planos, estamos atuando e registrando tudo o que fazemos, pensamos e sentimos, pois estamos atuando em todos eles ao mesmo tempo. Como na matéria física, estamos também deixando um rastro nos planos por onde estamos pas­sando – no astral e no mental, e estamos deixando acúmulos correspondentes que, pela lei universal da ação e reação, faz voltar tudo ao seu ponto de origem, levando, apenas, mais ou menos tempo. Isto explica o motivo de existirem tantas coisas que nos acontecem que não entendemos do ponto de vista físico, pois as explicações estão em outros planos da existência. Foram pensamentos doentios, emoções de ódio e de vingança, ciladas que causamos a nós próprios, imaturidade de nossa alma… construidas no passado.
A lei de ação e reação, denominada por “carma”, é a mesma em todos os planos, expressando o retorno das ações, pensa­mentos ou emoções, do mesmo modo que o arremesso de uma bola para o alto retorna ao ponto de origem, com a mesma velocidade, porém com o sentido contrário.

Tempo é a medida relativa da sucessão das coisas transitórias. Portanto, o tempo é uma convenção que só existe para nós, fisicamente encarnados na Terra.Fora disso não existe o tempo como o conhecemos.O critério é o mesmo para o conceito de espaço, pois o delimitamos pelos sentidos físicos de que dispomos. As coisas estão ligadas ao infinito assim como o tempo está ligado à eternidade: uma imensidade e uma eternidade sem limites. Tais as duas grandes propriedades da natureza universal. Duas noções de infinito: extensão e duração.
GÊNESE/ AK – URANOLOGIA GERAL – GALILEU GALILEI, 1862/63

Psicosfera Doentia

Imagine, então, o enorme acúmulo de detritos que deixamos no espaço que rodeia a Terra pelas ininterruptas emissões de energias mentais e emocionais inferiores, na maioria das vezes, como um lixo astro-mental que voltará a nós próprios.
Esta poluição está tornando o planeta insuportável, com respeito à habitabilidade harmoniosa, sendo necessário uma higienização, uma limpeza, na atmosfera, que está sendo processado na Terra como um todo. Por outro lado, muitas coisas boas estão sendo acumuladas nas camadas astro-mentais da Terra: dedicações afetuosas, obras desinteressadas, sacrifícios ocultos, posturas nobres e dignas, pensamentos de ordem e de justiça, intenções puras e sadias, sentimentos elevados de reconciliação, fé e de esperança… e assim por diante.

Co-Criadores

Nós somos o que pensamos ser, lembra-se? Portanto, sempre iremos manifestar em nós o que temos em nossa mente. Nós criamos, modelamos, na matéria mental, uma forma-pensamento, que iremos reproduzi-la na matéria física, injetando, antes, energia emocional. A contraparte realizada na matéria física é cópia imperfeita do que modelamos na mente.

“O real inibe a nitidez do ideal.”

Hoje somos o resultado de nossos próprios pensamentos e desejos do passado e estamos definindo agora, através de nossos pensamentos e desejos atuais, o que seremos amanhã. É importante lembrar que quando nosso subconsciente aceita um fato, esse fato passa a ser uma verdade para nós e passamos a agir em conformidade com aquilo que aceitamos. Se conseguirmos entender que os pensamentos e os sentimentos são “coisas palpáveis” nos planos em que atuam, semelhantes à consistência que as substancias materiais têm para o plano material que conhecemos, então podemos perceber o seu potencial influindo em nossas vidas diárias.

– Imagine-se pensando o tempo todo que você tem uma doença.
– Você a criou, a construiu mentalmente, no plano mental, com os materiais do plano mental.
– Você registra essa sua concepção como verdadeira no subconsciente (plano causal).
– Você mantém acesa essa imagem através, talvez, do seu sentimento de medo da doença, do sentimento de autopiedade que alimenta, do desejo de ter a atenção dos parentes e amigos etc., e assim você injeta energia emocional naquela imagem doentia que, não demorará muito, se materializará e então você poderá dizer a todos como construiu o seu ideal:

– Eu não disse que estava doente!

– E quem foi o criador de seu mal?

Sabendo da existência desses planos de atuação e de como eles funcionam, podemos construir mentalmente boas soluções para os nossos problemas, evitar situações inadequadas, antes que elas se manifestem materialmente.