REINO HOMINAL

As Centelhas Divinas sempre se apresentam veladas por envoltórios fluídicos (do plano astral e mental) mas somente ao atingir o grau humano é que se individualizam, adquirem personalidade, consciência própria e liberdade de ação.
A MAIOR PARTE DESTE CAPITULO FOI CONDENSADO DAS AULAS 68ºE 69º DO CURSO DE INICIAÇÃO ESPÍRITA DA ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO, DE AUTORIA DO COMANDANTE EDGARD ARMOND, EDITORA ALIANÇA, POR REPRESENTAR UMA VISÃO MUITO CLARA E PROFUNDA DO ASSUNTO
A organização anterior, no reino animal, fora feita visando a vida no campo do instinto e agora era preciso conquistar a vida consciêncial, como o domínio da inteligência, para uso do livre arbítrio. No corpo físico suprimiu-se a cauda, ajustou-se o equilíbrio para a andadura sobre dois pés e introduziram-se modificações no sistema nervoso, nos plexos, cérebro etc.
Passa agora a ser um indivíduo, ou seja, não é mais uma alma-grupal dividida, é uma entidade completa indivisível, uma Alma Humana ou Espírito, é a Centelha Divina que atingiu o estágio da consciência própria e de si mesma. Essa transformação do reino animal ao hominal, o dito elo perdido que a ciência ainda não desvendou, processou-se fora do plano físico, em planos extrafísico da Terra ou de outros planetas mais adiantados que a Terra.
Após essas modificações, a Centelha Divina promovida à Espírito, tem condição de iniciar suas reencarnações em veículos mais adiantados. Reencarna, então, em corpos humanos ainda em tudo semelhante aos antropóides, porém com outra organização psíquica, pois a entidade já tem condição de “pilotar” um equipamento mais aprimorado, com outras possibilidades. Passa a encarnar em tipos já selecionados pelos Agentes Espirituais, onde foram suprimidos os órgãos desnecessários e acrescentados os órgãos que agora deverão ser utilizados nessa nova fase, tipos esses que serão por eles mesmos aprimorados, como o foram no reino animal pela dita “seleção natural”. Agentes Espirituais direcionando o aprimoramento das espécies, são as causas ocultas das seleções que chamamos naturais. A ação desses agentes Espirituais é tanto mais direta e acentuada, quanto mais inconsciente for a entidade. Por isso que “Deus descansou no sétimo dia” isto é, quando o trabalho dos Agentes Espirituais minimizou e os Espíritos passaram a atuar, aprimorando-se a si próprios.
Ao entrar na esfera humana, a entidade espiritual, iniciou uma vida diferente, repleta de emoções novas e profundas, principalmente pelo fato de viver agora conscientemente, por sua própria conta, utilizando a razão e o livre arbítrio.
A reencarnação se processa a muito mais tempo do que imaginava. Através dessa passagem pelos vários reinos da natureza fomos elaborando cada parte de nosso ser.
“Somos o resultado de nós mesmos”.
Nosso organismo, que funciona perfeitamente, é uma obra milenar na qual participamos integralmente.
Fomos construindo e conquistando ao longo da nossa passagem pelo reino animal, todos os reflexos que automatizamos para nos defender e progredir.
Nota: Naquela etapa, o egoísmo e o orgulho eram virtudes para a alma grupal que buscava se individualizar, atraindo para si egoisticamente as outras partes e preservando orgulhosamente a sua raça sem se misturar, porem passou a ser defeito moral, ou seja, comportamento inadequado, para a raça humana que já está individualizada e unificada em uma raça única.
Os primatas, que são as primeiras reencarnações de almas recém individualizadas num planeta primitivo, têm que lutar com os habitantes dos reinos inferiores e vencer as dificuldades do meio agreste. Com isso desenvolvem a inteligência. Com o relacionamento com os semelhantes desenvolvem os sentimentos. Acumulando as experiências, desenvolvem a consciência.
Tem o corpo parecido com o dos animais, mas já são homens. Receberam a certificação de “humanos” em planos superiores ficando registrado no subconsciente, corpo causal, os atributos de livre arbítrio, porém responsável, algo que não sabem como lidar. Com a liberdade de ação podem optar por caminhos brandos e pacíficos ou agressivos e revoltos.